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Mostrando postagens de setembro, 2017

O que falar desses trabalhos que não conhecemos direito, mas já nos amendotrando pacas?

No início, a ideia de visitar um espaço comunitário sem supervisores, ainda no primeiro quadrimestre, assusta. Mesmo havendo um discurso incentivador, que nos lembrava da capacidade que tínhamos para fazer a atividade, por conta dos diversos textos estudados e das ricas discussões ocorridas na sala de aula, como é muito bem dito popularmente, o buraco é mais embaixo. Isto é, na prática a teoria é outra. No entanto, apesar de nossas inseguranças, ainda implícitas, maquiadas pelos sentimentos de responsabilidade e comprometimento exigidos para a situação, fomos em frente, nos organizando em praças, analisando os caminhos e as circunstâncias. Decididos a realizar uma apresentação não muito complexa, mas que se atentasse aos conteúdos do Plano Orientador da Universidade Federal do Sul da Bahia junto às nossas impressões acerca dos contrastes e similaridades experimentas no espaço universitário em relação ao que no papel um dia foi posto, especulamos uma visita rápida, porém efetiva ao...

A chamada cultura da vitimização versus pensamento progressista neoliberal: o que está na moda?

A disparidade e a desigualdade social, a garantia do papel cidadão aos menos privilegiados e a inclusão de grupos historicamente excluídos fazem parte de um conjunto de pautas necessárias para a construção de uma sociedade mais justa, que busca pela equidade, liberdade e felicidade. São esses os elementos que sustentam as atuais discussões ao redor do globo de forma genérica. Bom, isso teoricamente. As últimas décadas foram marcadas por graves crises econômicas, que não só desestabilizaram a qualidade de vida da população no geral, como também, a manutenção do poder por parte de alguns grupos políticos e ideológicos. Especificamente nos últimos anos, tem-se observado, em um significativo aglomerado de nações, o crescimento de uma posição mais conservadora e neoliberal entre os eleitores, indicando que, para o senso comum, uma boa alternativa para se libertar das amarras e retrações econômicas é a manutenção de uma máquina estatal elevada ao mínimo expoente possível e a rejeição de...

Visitar o passado é entender o presente

Uma das piores maneiras de se compreender a História é vivendo nela. Nesse sentido, a partir do momento em que existe um intenso contato com os agentes históricos, ou, melhor, quando se é um; quando não é possível perceber com clareza as causas de um determinado ocorrido, mas é até irritante a capacidade das consequências influenciarem na sua vida, isto é, quando a subjetividade é quem manda e aquele que tem juízo cede às exigências, é nesse momento em que entender a História se torna uma tarefa um tanto quanto complicada. Para um graduando, como eu, que entende o espaço universitário como fértil, capaz de proporcionar aprendizados razoavelmente aplicáveis e que, possuindo um processo sistemático suficientemente organizado, possibilita uma formação profissional e pessoal satisfatória, principalmente quando se cumpre a burocracia da coisa, ter acesso à retrospectiva histórica desse espaço, mesmo não estando num curso tradicionalmente dedicado à temática, trata-se de uma interessant...

Vamos de problematização, por favor!

Qual o interesse em saber que expectativas positivas acerca do processo de formação universitária e pessoal um estudante possui, nas primeiras semanas, cursando uma graduação na Universidade Federal do Sul da Bahia? Ou ainda, com o que essa pergunta contribui para o desenvolvimento da instituição, do discente e do docente, do curso ou do componente curricular Universidade e Sociedade nos próximos tempos? Pois bem, franca e pessoalmente, vejo pouca produtividade no objetivo dessas indagações. A ideia de romantizar o ingresso ao ensino superior (não dizendo, nesse ponto, que as questões orientadoras afirmam essa abstração, mas, como mais a frente abordarei, acabam implicando, sob algumas circunstâncias, nisso) é como pensar um garfo sendo raspado numa panela vazia e, consequentemente, produzindo um daqueles sons nada agradáveis. Isto é, imaginar o ensino superior e as suas instituições de concepção como, indiscutivelmente, a única oportunidade para o crescimento pessoal e profission...