Ondas sonoras: pontuais definições e breves detalhamentos
O som, um tipo longitudinal de
perturbação provocada em um meio, percebido pelos humanos através do tímpano,
faz parte do cotidiano da grande maioria das pessoas. Nesse sentido, não
surpreende o fato desse acontecimento físico ser utilizado amplamente para
diversas atividades, visto que boa parte da comunicação se baseia em ondas
sonoras (ver Figura 1).
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Figura
1 – Formas de comunicação. Imagem retirada da internet. Disponível em: < https://br.depositphotos.com/6576734/stock-illustration-icons-relating-to-various-types.html
>. Acessado em: 19 de maio de 2018.
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A música sendo uma manifestação
artística produzida a partir do som constitui, dessa forma, uma manifestação
social (ver Figura 2). Por esse ângulo, buscar conhecê-la como fenômeno físico e analisá-la
segundo perspectiva matemática implica no melhor entendimento da complexidade
característica dessa amplamente produzida e apreciada forma de arte.
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Figura 2 –
Música, arte, manifestação cultural. Imagem retirada da internet. Disponível
em: < http://cenanasencruzilhadas.blogspot.com.br/2014/08/folia-de-reis-manifestacao-folclorica.html
>. Acessado em: 19 de maio de 2018.
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De início, valem-se para destaque as
classificações lançadas às ondas em geral, quanto às suas dimensões (uni, bi ou
tridimensional), às suas naturezas (mecânica ou eletromagnética) e aos seus tipos
(longitudinais ou transversais). Assim, a onda sonora se caracteriza por,
quando emitida, se propagar em todas as direções, depender de meio material e
possuir direção de propagação e de vibração coincidentes, isto é, o som é
tridimensional, mecânico e longitudinal.
É possível, no caso
da onda sonora, diferenciá-la pela frequência de emissão, isto é, o som pode
ser distinguido segundo notas musicais. A frequência é o resultado da divisão
entre o número de voltas, determinado pelo intervalo entre duas cristas ou
máximos ou entre dois vales ou mínimos, que a onda sonora vibra num determinado
espaço de tempo (ver Figura 3).
Figura 3 - Análise da onda, determinando a frequência da mesma. Imagem de autoria do discente. |
A unidade de medida do Sistema
Internacional (SI) para a frequência é o Hertz (Hz). O ouvido humano tem a
capacidade de identificar os sons entre 20 Hz a 2000 Hz de frequência, sendo
que a voz humana masculina tende a emitir sons graves, ou seja, de baixa
frequência, entre 100 Hz a 200 Hz, enquanto a voz humana feminina tende a
emitir sons agudos, isto é, de alta frequência, entre 200 Hz a 400 Hz.
Curiosamente, a onda
sonora não se insere no cotidiano das pessoas exclusivamente pela música. Sons
que têm frequência acima de 2000 Hz, os chamados ultrassons, são usados para
visualizar nossos órgãos internos e os nossos bebês enquanto estão se
desenvolvendo na barriga de suas mães (ver Figura 4). A ultrassonografia é realizada pela
reflexão da onda sonora.
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Figura
4 – Ultrassonografia obstétrica. Imagem retirada da internet. Disponível em:
< http://www.ovictoriano.com.br/page/noticia/secretaria-retoma-agendamento-de-exames-de-ultrassonografia
>. Acessado em: 19 de maio de 2018.
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Retornando à utilização artística das
ondas sonoras, percebe-se que a diferenciação decorrente da diversidade de
frequências, intensidades (sons fortes e sons fracos, determinada a partir da
razão entre potência dada em Watts e o produto entre 4¶d2) e timbres
(propriedade de cada instrumento emissor de onda sonora) sonoros permite a
construção de complexidade na música.
Esse cenário ainda se
expande para a forma sucessiva ou simultânea que as notas musicais são emitidas
por um instrumento ou voz. A melodia de uma música, nesse sentido, representa o
conjunto de notas tocadas sucessivamente, isto é, uma de cada vez. Já a
harmonia determina o conjunto de notas tocadas simultaneamente, ou seja,
emitidas num único momento. Instrumentos melódios geralmente emitem
exclusivamente notas uma de cada vez, enquanto aqueles harmônicos podem
transitar entre as duas maneiras de vibrar as ondas sonoras (assistir ao Vídeo 1).
Vídeo
1 – Diferença entre harmonia e melodia. Vídeo com link da web. Disponível em:
< https://www.youtube.com/watch?v=ViS1DRyAtlA
>. Acessado em: 19 de maio de 2018.
Para melhor entendimento dos conceitos
supracitados, foram realizadas algumas atividades práticas em sala na turma do
CC Perspectivas Matemáticas e Computacionais em Artes do CJA com um teclado
físico e um piano virtual utilizado a partir do programa computacional Muse
Score 2. As tarefas consistiram em identificar as 5 oitavas (conjunto de 7
notas musicais + 1 nota integrante do próximo conjunto, Dó ou C, Ré ou D, Mi ou
E, Fá ou F, Sol ou G, Lá ou A, Si ou B + Dó ou C) presentes no teclado
eletrônico (ver Figuras 5, 6 e 7) e escrever uma música simples na pauta de partitura do Muse Score 2 (assistir ao Vídeo 2).
Figura
5 - Tabela com as frequências das notas de
uma oitava. Imagem de autoria do discente.
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Figura
6 – Experiência com o teclado eletrônico. Imagem capturada por Istael Borges em
10 de abril de 2018.
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Figura
7 – Experiência com o teclado eletrônico. Imagem capturada por Istael Borges em
10 de abril de 2018.
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Vídeo
2 – Registro em pauta de partitura das notas musicais da música “Frere Jacques” por Eugênio Daniel e Lúcio Pedreira. Vídeo de
autoria do discente.
Referências
FELIPE, Joel. Perspectivas Matemáticas e Computacionais em Artes. Slide: 26 lâminas, 2018.
Nota
As demais referências que embasam esta publicação não são passíveis de detalhamento, pois, à exceção das páginas da web nas quais encontram-se as ilustrações, do vídeo usado para o esclarecimento da diferença entre melodia e harmonia e do slide do CC PMCA, as informações aqui abordadas se encontram em anotações do autor de aulas do Ensino Médio.
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